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MEDICINA DO SONO

INFORMAÇÕES SOBRE AS PATOLOGIAS MAIS COMUNS QUE PODEM ACOMETER O SONO

Apneia do son
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Apneia

do Sono.

Roncos, pausas respiratórias,

sono não restaurador

Apneia Obstrutiva do sono

A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é uma das condições que afetam o sono mais comuns, acometendo milhões de pessoas em todo o mundo.

 

O problema consiste na obstrução ao fluxo da respiração durante o período de sono, reduzindo parcialmente ou completamente a entrada de ar nos pulmões.

As consequências imediatas da AOS compreendem sintomas como sonolência excessiva durante o dia, irritabilidade, humor deprimido, problemas com a memória e falta de concentração.

A longo prazo, há o risco de doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, doenças e arritmias cardíacas, além de outras condições graves como doenças neurodegenerativas e câncer.

A presença de roncos com pausas na respiração durante o sono, engasgos e sensação de sufocamento à noite, acordar várias vezes para urinar durante a madrugada, acordar com a boca seca, sensação de que o sono não descansa, dentre outros sintomas, devem levantar suspeita de AOS.

O diagnóstico é feito pela polissonografia. Neste exame a pessoa dorme sob monitorização com sensores que avaliam os estágios do sono, batimentos cardíacos, fluxo de ar pelas narinas e boca, movimentos respiratórios do tórax e abdome além da saturacão periférica de oxigênio.

O tratamento dependerá da gravidade da apneia do sono, suas particularidades em relação aos estágios de sono e posição corporal, bem como das características clínicas e contexto de saúde do paciente.

Para o tratamento existem opções como terapia miofuncional, dispositivo de avanço intraoral, aparelho de pressão positiva em vias aéreas (CPAP), etc.

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Narcolepsia

Ataques de sono,

Cataplexia,

Paralisia do sono,

Alucinações

Narcolepsia

Narcolepsia

A Narcolepsia é um problema do sono do grupo das Hipersonias. Trata-se de uma doença rara, porém com consequências muito significativas para as pessoas com essa condição médica. Seus sintomas mais conhecidos são a sonolência excessiva e os ataques de sono durante o dia, resultando em consequências como queda do rendimento escolar, acidentes de trabalho e de trânsito.

Alguns pacientes com Narcolepsia também tem cataplexia, que consiste na perda da força de grupos musculares em situações de emoção positiva, como ao ouvir uma piada, ou negativa, como ao levar um susto. A perda de força é transitória e pode acometer grupos musculares mais localizados ou mais difusos. Alguns pacientes parecem estar inconscientes durante os ataques pois eles tem um ataque de sono combinado.

Outros sintomas muito comuns são as alucinações hipnagógicas e hipnopômpicas, que ocorrem ao adormecer e ao despertar, respectivamente.

A paralisia do sono é um dos sintomas cardinais da Narcolepsia e é caracterizada pelo despertar durante o sono, no qual a pessoa está consciente mas não consegue movimentar o corpo por algum tempo.

Apesar da sonolência excessiva, o sono noturno das pessoas com narcolepsia também é muito prejudicado, superficial, fragmentado e não reparador.

A presença de sonhos durante os curtos cochilos diurnos é um dos sinais que podem apontar na direção do diagnóstico de Narcolepsia, mas tal manifestação também pode ocorrer em outras situações, como na privação crônica de sono.

O diagnóstico de Narcolepsia é baseado nas manifestações clínicas descritas e realização do exame de polissonografia seguida pelo Teste das Múltiplas Latências do Sono (TMLS).

Existem dois tipos de Narcolepsia, tipo I e tipo II. Na Narcolepsia tipo I ocorre a cataplexia e dosagem da hipocretina, um tipo de neurotransmissor produzido por células do hipotálamo lateral no cérebro, é baixa.

O tratamento é baseado em intervenções comportamentais e medidas farmacológicas para a promoção de vigília.

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Insônia.

Dificuldade para iniciar o sono,

Dificuldade para manter o sono,

Acordar antes da hora desejada

Insonia

Insônia

A insônia é definida como uma dificuldade persistente para iniciar, manter ou consolidar o sono, a despeito de se ter adequada oportunidade e boas circunstâncias para dormir, causando repercussões e sintomas negativos durante o período diurno.

 

Podemos identificar três componentes na configuração da insônia: dificuldade persistente para o sono, oportunidade adequada para dormir e repercussão negativa sobre o período diurno.

As principais queixas dos adultos com insônia são de dificuldade para iniciar ou manter  o sono. Preocupações sobre o tempo de sono obtido à noite ou má qualidade do sono são comuns.

As repercussões diurnas dos pacientes com insônia incluem fadiga, humor deprimido, irritabilidade, mal estar difuso e alterações cognitivas (queixas de memória, esquecimento, dificuldade para concentrar e raciocinar).

A insônia crônica pode trazer repercussões negativas para a vida social, de trabalho e escolar.

Em alguns pacientes, sintomas físicos como palpitações, tensão muscular e dor de cabeça podem ser consequências da insônia.

Formas mais graves de insônia podem, inclusive, resultar em riscos aumentados para acidentes automobilísticos, acidentes de trabalho, doenças psiquiátricas e doenças cardiovasculares.

O diagnóstico é baseado no tipo e duração dos sintomas. A insônia pode ser classificada como de curta duração ou crônica.

Existem diferentes tratamentos para a insônia, compreendo medidas tanto farmacológicas quanto não farmacológicas.

No Brasil, é muito comum nos depararmos com pacientes com insônia que fazem uso de tratamentos inadequados. Um exemplo corriqueiro é de pessoas que roncam, tem apneia do sono, e fazem uso de clonazepam para dormir. O clonazepam piora a gravidade da apneia do sono, acentuando o risco de infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC), dentre outras várias doenças graves.

As graves consequências da insônia não tratada justificam a procura do médico especialista para o correto diagnóstico, classificação e instituição do tratamento, considerando as particularidades clínicas e o contexto de vida social e ocupacional o paciente em questão.

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Pernas

Inquietas.

Estranho incômodo nas pernas

Perna Inquietas

Síndrome das Pernas Inquietas

Doença de Willis-Ekbom

A Síndrome das Pernas Inquietas/doença de Willis-Ekbom (SPI/DWE) é uma condição médica relativamente comum, porém muito desconhecida, inclusive no meio dos profissionais da área de saúde.

SPI/DWE é um transtorno sensitivo-motor que consiste na ocorrência de urgência para movimentar as pernas, geralmente acompanhada ou atribuída a sensações desconfortáveis nos membros inferiores.

Estes sintomas se iniciam ou pioram durante períodos de repouso ou inatividade com se deitar ou se sentar; são parcialmente ou totalmente aliviados por movimentação, como caminhar ou alongar as pernas; e ocorrem exclusivamente ou predominantemente no período do fim da tarde e à noite.

As sensações desconfortáveis experimentadas variam muito de paciente para paciente; alguns descrevem como dor, outros como "peso", "gelo", "formigamento", "dor surda", "dor profunda", "dor nos ossos", "comichão", etc. A descrição "angústia nas pernas" geralmente se aplica de forma adequada às sensações experimentadas por uma parcela significativa dos pacientes com Síndrome das Pernas Inquietas/doença de Willis-Ekbom.

Outras situações médicas devem ser afastadas, como cãibras das pernas, mialgias, desconforto posicional, estase venosa, edema dos membros inferiores, artrite, etc.

Os sintomas da Síndrome das Pernas Inquietas/doença de Willis-Ekbom causam preocupação, estresse, transtorno do sono, comprometimento físico, mental, social, ocupacional e comportamental.

Às vezes, a urgência para movimentar as pernas ocorre na ausência das sensações desconfortáveis. Em alguns pacientes os sintomas também ocorrem nos braços e em outras partes do corpo.

A faixa etária pediátrica também pode ser acometida e a descrição dos sintomas deve respeitar as próprias palavras utilizadas pela criança.

Quando os sintomas são muito graves, o alívio pela movimentação pode não estar presente, mas tal característica deve ter ocorrido no passado para que o diagnóstico possa ser firmado.

O diagnóstico é clínico e pode ser realizado pelo médico especialista.

O tratamento depende da gravidade dos sintomas, fatores precipitantes e outras características clínicas do paciente, envolvendo de medidas comportamentais a intervenções farmacológicas, intermitentes ou contínuas.

Como as reservas corporais de ferro influenciam na expressão dos sintomas, é comum a doença se manifestar em períodos de redução do estoque de ferro, como na gravidez, após sangramentos e anemia.

Algumas pessoas iniciam os sintomas após o uso de medicamentos que podem precipitar os sintomas, como muitos antidepressivos.

No nosso meio, é muito comum o atraso diagnóstico. Muitos pacientes circulam por consultas com diferentes médicos, particularmente angiologistas, clínicos gerais, fisiatras, ortopedistas e reumatologistas, antes de receber o diagnóstico correto.

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Sonambulismo.

Caminhar dormindo...

Meio acordado...

Meio dormindo...

Sonambulismo

Sonambulismo

O sonambulismo é um transtorno do sono da classe das parassonias.

Parassonias são eventos físicos ou experiências indesejáveis que ocorrem durante o adormecer, ao longo do sono estabelecido ou no momento do despertar do sono. Elas podem ocorrer durante o sono sem movimentos oculares rápidos (sono NREM) ou no sono com movimentos oculares rápidos (sono REM).

O sonambulismo é um tipo de parassonia do sono NREM que emerge do despertar durante a fase de sono profundo de ondas lentas (sono fase N3). No sonambulismo algumas áreas do cérebro continuam com atividade compatível com sono enquanto outras mostram atividade compatível com o estado acordado de vigília (mistura de áreas ativadas com outras desativadas).

Os eventos de sonambulismo tipicamente se iniciam como despertares confusionais que evoluem com a saída do indivíduo da cama. Comportamento agitado, inapropriado, resistivo, agressivo e violento pode ocorrer. Os comportamentos podem ser simples e não direcionados a um objetivo, ou complexos e prolongados.

 

Os eventos de sonambulismo geralmente ocorrem durante o primeiro terço do período de sono, pois é nesta fase que predomina o sono de ondas lentas (sono N3), do qual emerge o episódio de sonambulismo.

O comportamento de caminhar pode terminar espontaneamente, às vezes em locais inapropriados, ou o sonâmbulo pode retornar para a cama, se deitar e continuar a dormir normalmente.

Clinicamente, o sonâmbulo se mostra desorientado no tempo e espaço, com fala lenta e arrastada, capacidade mental muito diminuída e respostas inadequadas a perguntas e solicitações.

Geralmente há amnésia para o evento: no dia seguinte a pessoa com sonambulismo habitualmente não se recordará do ocorrido.

O tipo de tratamento dependerá das características clínicas individuais do paciente e poderá, ou não, envolver medidas medicamentosas.

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Mioclonias.

No sono, uma queda,

Um sobressalto,

Um susto,

Um despertar,

Um choque

Mioclonias

Mioclonias do Sono

A mioclonia benigna do sono é uma manifestação muito comum, experimentada pela maioria das pessoas em algum momento durante a vida.

Ela corresponde a um abalo muscular brusco, tipo choque, geralmente associada a sensação de que se está caindo, durante o início do sono. Em algumas situações, elas podem ficar intensificadas, o que pode gerar sintomas de insônia.

Existem certos gatilhos que podem aumentar a frequência e intensidade dessas mioclonias, como por exemplo uso de certos medicamentos, prática de atividade física intensa antes de dormir, estresse físico e emocional, consumo de cafeína e privação de sono.

Como a combinação desses fatores flutua ao longo da vida, pode haver períodos de piora e melhora das mioclonias do sono.

Nos quadros intensos está indicada avaliação com especialista em sono para afastar outras possibilidades que podem ser confundidas com a mioclonia benigna do sono e estabelecer o tratamento adequado.

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