DEMÊNCIAS
INFORMAÇÕES SOBRE AS SÍNDROMES DEMENCIAIS MAIS COMUNS
Demência por
corpos de Lewy
Alucinações, parkinsonismo
Perda cognitiva
Flutuações ao longo dos dias e semanas
Demência por Corpos de Lewy
A demência por Corpos de Lewy é uma das síndromes demenciais mais comuns e possui como principais características, além do comprometimento cognitivo com perda da independência funcional, a presença de alucinações visuais, flutuações cognitivas e parkinsonismo (ou seja, comprometimento do sistema motor, com lentidão de movimentos, rigidez muscular, tremor e alteração da marcha e do equilíbrio.
As alucinações visuais são geralmente bem formadas e animadas, sendo comum se manifestarem na forma de crianças ou adultos, entes familiares já falecidos e pequenos animais. Precocemente na doença, as alucinações costumam ser de um mesmo tipo, sem sons, cheiros ou sensações táteis. Para os pacientes, essa alucinações geralmente são bem toleradas, emocionalmente neutras, mas podem, ocasionalmente, causar medo.
O comprometimento das funções executivas e das funções visuoespaciais são característicos desta forma de demência, de forma que o seu quadro clínico geral é muito semelhante ao da demência na doença de Parkinson.
O diagnóstico da demência por Corpos de Lewy é clínico, podendo ser feito por médico especialista após minuciosa avaliação da instalação e evolução dos sintomas, além de afastar outras possibilidades que poderiam simular os sintomas.
Exames complementares de neuroimagem (ressonância ou tomografia do crânio) são habitualmente realizados durante a fase de investigação. Exames mais complexos, como a cintilografia cerebral com TRODAT, podem ser necessários.
O tratamento envolve medidas farmacológicas e não farmacológicas para aliviar os principais sintomas, destacando-se o comprometimento cognitivo, lentidão psicomotora, apatia, alucinações, delírios, parkinsonismo (lentidão de movimentos, rigidez muscular, alterações de marcha e equilíbrio, tremor), depressão, ansiedade, insônia, sonolência diurna, agitação, transtorno comportamental do sono REM, alterações do sistema autonômico, incontinência urinária e constipação intestinal.
Alzheimer.
Esquecimento...
Lembranças
Fragmentadas...
Demência de Alzheimer
O que é a doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer é uma condição degenerativa que acomete o cérebro, resultando em declínio cognitivo progressivo e perda da funcionalidade e independência do indivíduo. Microscopicamente, a doença de Alzheimer é caracterizada pela deposição das substâncias beta-amilóide e proteína tau no tecido cerebral, o que é associado a morte de neurônios e perda das suas interconexões da rede neural. Clinicamente, a condição é caracterizada por deterioração da memória combinada com outras ou disfunções cognitivas, sendo que o processo da doença se instala lentamente, progredindo com o passar dos anos. Em alguns indivíduos a evolução é mais rápida e pode acontecer mesmo em pessoas com idade menor que 60 anos.
Como o Alzheimer é diagnosticado?
O primeiro passo é a avaliação clínica do paciente, com a análise dos sintomas apresentados, seu modo de início e forma de evolução ao longo do tempo. A doença de Alzheimer afeta a memória de maneira mais destacada. O indivíduo tem dificuldade de formar novas memórias e de se lembrar de fatos mais recentes. Com o passar do tempo, mesmo memórias mais antigas são perdidas. Dificuldades de linguagem, planejamento, execução de tarefas, habilidades motoras e percepção do ambiente tendem a se instalar em graus variados ao longo do tempo. Sintomas afetivos e comportamentais podem ser muito proeminentes, variando desde a apatia e desinteresse pelo ambiente até surtos de grande agitação e agressividade. O indivíduo perde sua indepedência funcional ao longo do tempo, passando a necessitar de auxílio de terceiros. Além da avaliação clínica, que é o pilar para o diagnóstico, recursos como ressonância magnética do encéfalo e avaliação neuropsicológica podem auxiliar. É importante realizar exames laboratoriais para excluir situações que podem simular a doença de Alzheimer e são potencialmente tratáveis, como a neurossífilis e a deficiência de vitamina B12. Para casos mais complexos, bem como no contexto de pesquisas científicas, podemos lançar mão de exames mais complexos, como PET cerebral, SPECT cerebral, além da dosagem dos biomarcadores da doença de Alzheimer no líquor (retirado através de uma punção na coluna).
Como cuidar de alguém com Alzheimer?
O cuidador deve estar familiarizado com a forma que a doença de Alzheimer afeta a pessoa sob seus cuidados, pois cada pessoa tende a expressar um conjunto muito singular de sintomas. É preciso individualizar os cuidados, ter muita empatia, paciência e proatividade, buscando aprender mais a cada dia. Estimular o paciente, mantendo sua inserção e interação com o núcleo familiar e social, é muito importante. O ambiente da casa deve ser adequado para cada estágio da doença. Manter uma rotina regular, com prática de atividade física, exposição ao sol pela manhã, alimentação saudável e bons hábitos de sono são condutas fundamentais. O paciente não deve ser exposto a situações estressantes, mudanças bruscas de ambiente, nem ser julgado ou culpado pela situação em que se encontra. Buscar ajuda é fundamental, pois a doença é complexa, e uma equipe multidisciplinar, incluindo neurologista, geriatra, terapeuta ocupacional e psicólogo pode ser de grande auxílio tanto para a saúde do paciente e cuidador.
O Alzheimer gera impactos somente na saúde mental?
Ao acometer o cérebro de forma difusa e progressiva, a doença de Alzheimer pode indiretamente afetar o controle de outros sistemas fisiológicos do organismo. Um exemplo é a piora do tempo e qualidade do sono que ocorre em uma grande parcela dos indivíduos com doença de Alzheimer. A disfunção do sono, por si, pode levar a uma piora metabólica e cardiovascular, com aumento da pressão arterial e da glicemia, por examplo. Outro exemplo de acometimento além da questão mental seria a possibilidade da deposição da substância beta-amilóide na parede das artérias em pessoas com doença de Alzheimer, o que pode resultar em ruptura de tais vasos sanguíneos e sangramentos cerebrais potencialmente graves.
Por que cuidar da saúde cerebral?
Hoje sabemos que existem fatores de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer, e alguns deles são modificáveis. Por exemplo, uma boa saúde cardiovascular, garantida pela prática de atividade física regular, alimentação saudável e controle adequado de doenças como hipertensão arterial e diabetes podem ajudar a proteger a saúde cerebral e reduzir o risco futuro de Alzheimer. Outro fator muito relevante é a saúde do sono. Dormir bem e tratar patologias do sono também são importantes para a prevenção do Alzheimer. Recentemente, foi descoberto o sistema glinfático, que atua como um mecanismo de limpeza de detritos oriundos da atividade cerebral, incluindo a substância beta amiloide. Sabemos que o sistema glinfático é mais ativo durante o sono e pode ter seu funcionamento comprometido por condições como a apneia obstrutiva do sono. Manter o cérebro ativo também é muito importante, já que sabemos que indivíduos com maior grau de escolaridade tem menor risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Em caso de alucinações visuais e delírios em um familiar com Alzheimer, é importante agir com cuidado e empatia. Aqui estão algumas orientações para lidar com essas situações:
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Mantenha a calma: A maneira como você reage à situação pode afetar a forma como seu familiar se sente. Mantenha-se calmo e tente tranquilizá-lo.
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Não contradiga ou discuta: Em vez de contradizer as alucinações ou delírios, tente redirecionar a conversa ou oferecer uma explicação alternativa tranquila.
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Proporcione um ambiente seguro: Garanta que o ambiente ao redor de seu familiar seja seguro e livre de obstáculos que possam causar quedas ou acidentes. Remova objetos que possam ser confundidos com algo perigoso.
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Estabeleça uma rotina consistente: Uma rotina diária previsível pode ajudar a reduzir a ansiedade e a confusão.
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Use distrações e redirecionamento: Tente mudar o foco do seu familiar para outra atividade ou conversa. Às vezes, uma música ou uma atividade pode ajudá-lo a se distrair.
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Converse com o médico: Se as alucinações e delírios estiverem interferindo na qualidade de vida do seu familiar ou causando angústia, entre em contato com o médico para discutir possíveis tratamentos ou ajustes nos medicamentos.
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Mantenha uma comunicação clara: Fale de forma clara e simples, usando frases curtas e objetivas. Evite falar de forma complexa ou ambígua.
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Considere suporte adicional: Se você está achando difícil lidar com a situação por conta própria, procure apoio de grupos de apoio para cuidadores ou profissionais especializados em Alzheimer.
Lembre-se de que cada pessoa com Alzheimer é única, e as respostas às alucinações ou delírios podem variar. Trabalhe com profissionais de saúde para encontrar a melhor abordagem para o seu familiar!
Demência
Vascular.
Fluxo sanguíneo que se vai...
Memórias que se vão...
Demência Vascular
Demência vascular é uma doença que afeta o funcionamento do cérebro e pode causar problemas de memória, pensamento e comportamento. É uma das principais causas de demência em idosos, sendo responsável por cerca de 15% dos casos de demência no mundo.
Epidemiologia: a demência vascular é mais comum em pessoas acima de 65 anos e afeta tanto homens quanto mulheres. A prevalência da doença varia de acordo com a região geográfica e a etnia. Estudos mostram que a incidência da demência vascular é maior em países em desenvolvimento, onde há maior prevalência de fatores de risco vascular, como hipertensão, diabetes, obesidade e tabagismo.
Fisiopatologia: a demência vascular é causada por danos nos vasos sanguíneos do cérebro, que podem levar a um fluxo sanguíneo inadequado e, consequentemente, à morte de células cerebrais. A causa mais comum de demência vascular é um acidente vascular cerebral (AVC), que pode ser isquêmico ou hemorrágico. Outras causas incluem doenças vasculares, como aterosclerose ou vasculite.
Investigação clínica: o diagnóstico da demência vascular é feito com base na avaliação clínica e neurológica do paciente, bem como em exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM). Os sintomas mais comuns incluem problemas de memória, dificuldade em planejar ou realizar tarefas, dificuldade em comunicar-se, mudanças de humor e comportamento, além de dificuldade em caminhar ou mover-se.
Tratamento: o tratamento da demência vascular depende da causa subjacente da doença. Em casos de AVC, é importante identificar e tratar fatores de risco vascular, como hipertensão, diabetes, obesidade e tabagismo. Além disso, pode ser necessário utilizar medicamentos para controlar os sintomas, como memantina e inibidores da acetilcolinesterase. A terapia ocupacional e a fisioterapia também são importantes para melhorar a qualidade de vida do paciente.
A demência vascular é uma doença grave que pode afetar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares. É importante que a população em geral esteja ciente dos fatores de risco para a doença e busque tratamento adequado em caso de sintomas.
Referências bibliográficas:
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Gorelick PB, Scuteri A, Black SE, et al. Vascular contributions to cognitive impairment and dementia: a statement for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2011;42(9):2672-2713.
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O'Brien JT, Thomas A. Vascular dementia. Lancet. 2015;386(10004):1698-1706.
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National Institute on Aging. Vascular dementia. Disponível em: <https://www.nia.nih.gov/
Demência
Frontotemporal.
O comportamento....
Demência Frontotemporal
A demência frontotemporal (DFT) é um tipo de demência que afeta principalmente a personalidade, o comportamento e a linguagem. É uma doença neurodegenerativa que afeta os lobos frontais e temporais do cérebro, áreas responsáveis pela regulação do comportamento, emoções, fala e compreensão da linguagem. Embora seja menos comum do que a doença de Alzheimer, a demência frontotemporal pode ocorrer em pessoas mais jovens e tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e suas famílias.
Epidemiologia: a demência frontotemporal é relativamente rara, representando cerca de 10-15% dos casos de demência. Geralmente, afeta pessoas com menos de 65 anos, embora possa ocorrer em pessoas mais velhas. É mais comum em homens do que em mulheres. Estima-se que a prevalência da doença seja de cerca de 15 casos por 100.000 pessoas.
Fisiopatologia: a DFT é causada pela degeneração progressiva das células nervosas nos lobos frontais e temporais do cérebro. Essa degeneração leva à perda de conexões entre os neurônios e à morte das células nervosas. O acúmulo de proteínas anormais no cérebro, como as proteínas tau e TDP-43, também está associado à doença.
Investigação clínica: este tipo de demência pode ser difícil de diagnosticar, pois os sintomas variam amplamente e podem ser confundidos com outras doenças neurológicas ou psiquiátricas. Os sintomas iniciais geralmente incluem mudanças de personalidade, comportamento e linguagem. Os pacientes podem apresentar falta de empatia, desinibição social, apatia, perda de iniciativa, comportamento compulsivo, dificuldade em encontrar palavras e problemas de memória. A avaliação neuropsicológica e a ressonância magnética do cérebro podem ajudar no diagnóstico.
Tratamento: atualmente, não há cura para a demência frontotemporal. O tratamento visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Isso pode incluir o uso de medicamentos para tratar os sintomas psiquiátricos, como antipsicóticos, antidepressivos e estabilizadores do humor. Terapias comportamentais e de fala também podem ser úteis para ajudar os pacientes a lidar com a perda de habilidades de comunicação e comportamento.
Conclusão: a demência frontotemporal é uma doença neurodegenerativa que afeta a personalidade, o comportamento e a linguagem. Embora seja menos comum do que a doença de Alzheimer, pode ocorrer em pessoas mais jovens e tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a melhorar os sintomas e a qualidade de vida dos pacientes.
Referências bibliográficas:
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Ahmed RM, Irish M, Piguet O, Halliday GM, Ittner LM, Farooqi S, Hodges JR, Kiernan MC. Amyotrophic lateral sclerosis and frontotemporal dementia: distinct and overlapping changes in eating behaviour and metabolism. Lancet Neurol. 2016;15(3):332-342. doi:10.1016/S1474-4422(16)00008-0
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Rascovsky K, Hodges JR, Knopman D, et al. Sensitivity of revised diagnostic criteria for the behavioural variant of frontotemporal dementia. Brain. 2011;134(Pt 9):2456-2477. doi:10.1093/brain/awr179
Demência na doença de Parkinson
Após longo percurso,
O inesperado...
Demência na Doença de Parkinson
A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica que afeta principalmente a coordenação motora, causando tremores, rigidez muscular e dificuldade de movimentação. No entanto, essa doença pode ter complicações adicionais, como a demência, que pode afetar a capacidade cognitiva do paciente. A demência na doença de Parkinson é uma complicação comum e pode afetar até 50% dos pacientes. A demência é caracterizada por uma deterioração gradual da função cognitiva, incluindo memória, linguagem e julgamento. Isso pode levar a dificuldades no dia a dia, como gerenciamento de finanças, preparação de refeições e outras tarefas cotidianas.
Epidemiologia: a doença de Parkinson é uma doença neurológica comum, que afeta aproximadamente 1% da população com mais de 60 anos. A incidência da doença de Parkinson aumenta com a idade, e é mais comum em homens do que em mulheres. A demência na doença de Parkinson é mais comum em pacientes mais velhos, ocorrendo particularmente com tempo de evolução de 10 anos ou mais após o início dos sintomas da doença de Parkinson.
Fisiopatologia: a causa exata da demência na doença de Parkinson ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja devido a uma combinação de fatores, incluindo danos aos neurônios no cérebro e uma diminuição na produção de dopamina, um neurotransmissor essencial para a coordenação motora e a cognição. Também pode haver um acúmulo de proteínas anormais no cérebro, como a proteína alfa-sinucleína.
Investigação clínica: o diagnóstico de demência na doença de Parkinson é baseado em sintomas clínicos e exames neuropsicológicos. Os sintomas incluem problemas de memória, dificuldade em se concentrar, problemas com raciocínio e julgamento, alterações de humor e comportamento, e problemas com a linguagem. Um exame neuropsicológico pode ser usado para avaliar o desempenho cognitivo em várias áreas, como memória, atenção e processamento visual.
Tratamento: não há cura para a demência na doença de Parkinson, mas existem tratamentos que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. O tratamento pode incluir medicamentos para melhorar a cognição, como inibidores da acetilcolinesterase, que ajudam a aumentar os níveis de acetilcolina no cérebro, um neurotransmissor importante para a memória e o aprendizado. Outros medicamentos podem ser usados para ajudar a melhorar a atenção e a concentração. Além disso, é importante garantir que o paciente receba uma nutrição adequada, exercício físico regular e atividades sociais, para ajudar a manter a função cognitiva e física.
Conclusão: a demência na doença de Parkinson é uma complicação comum e pode afetar significativamente a qualidade de vida do paciente. É importante que os cuidados com a demência na doença de Parkinson sejam personalizados e levem em conta as necessidades individuais do paciente. Além disso, é essencial que a família e cuidadores sejam envolvidos no processo de tratamento e cuidado com o paciente. Uma abordagem multidisciplinar que inclua medicamentos, nutrição, exercício e suporte emocional é essencial para gerenciar a demência na doença de Parkinson e garantir que o paciente receba os cuidados adequados.
Referências Bibliográficas:
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Skogar O, Nilsson M, Tengvar C, et al. Cognitive function and quality of life in Parkinson's disease: A study of patients and caregivers. Aging Ment Health. 2018;22(10):1355-1361.
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Weintraub D, Moberg PJ, Duda JE, et al. Effect of psychiatric and other nonmotor symptoms on disability in Parkinson's disease. J Am Geriatr Soc. 2004;52(5):784-788.
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Goldman JG, Holden S. Treatment of dementia in Parkinson's disease. Expert Opin Pharmacother. 2020;21(5):555-568.
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